LGMH :: Áreas de atuação : Genética Humana

Com a conclusão do Projeto Genoma Humano foi possível divisar com mais clareza os problemas que teremos que enfrentar quanto ao significado do código de aminoácidos. Comemorando os 50 anos da descoberta das propriedades dos ácidos nucleicos por Watson e Crick, em 1953, poderemos dizer apenas que a Genética está, realmente, nascendo agora. Primeiro, toma corpo como uma ciência da informação, onde a organização estrutural de cada organismo depende da informação contida no código de aminoácidos mais uma quantidade de informação, ainda não quantificada e discriminada, necessária à diferenciação e definição de funções dos tecidos, órgãos e sistemas humanos. Ao avaliar os diversos estágios biológicos do desenvolvimento, desde o nascimento até a morte do ser humano, temos que levar em conta a informação antecedente e todo o sistema modulador a que esteve submetida. A este conjunto de fenômenos registrados, geração após geração, nas modificações expressas nos descendentes, chamamos EVOLUÇÃO.

Modificações nos descendentes nem sempre são para melhor. Quando registramos tais modificações, freqüentemente o fazemos como uma anomalia, porque exibem um padrão disfuncional. Em muitas das vezes chamamos isso de DOENÇA.

Todos os seres humanos já foram uma única célula. No entanto, essa célula já continha o plano geral de desenvolvimento de um adulto. Esse plano consiste de cerca de 35.000 genes, mais alguns elementos adicionais regulatórios e elementos outros ainda desconhecidos. Daqui a um tempo, teremos isso tudo esclarecido e poderemos mostrar o porquê de adoecermos e o porquê de respondermos desta ou daquela maneira em relação às mudanças ambientais específicas. Em breve, também poderemos usar esses conhecimentos para modelar as políticas de saúde pública e minimizar os gastos em função do conhecimento das ocorrências das doenças previsíveis: as DOENÇAS GENÉTICAS.