Doenças Venéreas
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Como evitar Doenças Sexualmente Transmisíveis (DST's), ou amenizar suas conseqüências?
ANTES
- Evite múltiplos(as) parceiros(as)
- Escolha bem o(a) parceiro(a). Familiarize-se com seus hábitos e caráter antes
de ir para a cama com ele(a)
- O ato sexual responsável é salutar e evita diversos dissabores
- Álcool e drogas não rimam com sexo seguro
- Excitação descontrolada costuma ofuscar ou ocultar o perigo do contágio,
preocupe-se também com o dia seguinte
Abstendo-se hoje de um contato sexual suspeito, você estará evitando uma
abstinência sexual prolongada. Caso você seja contaminado(a), certamente
seu médico recomendará abstinência sexual por períodos que podem variar
de semanas a meses.
A prevenção é muito mais barata que qualquer tratamento. Além de preservar sua integridade
física, evita contratempos na escola, trabalho ou lazer pelo tempo gasto em visitas ao médico e
laboratórios de análises clínicas.
DURANTE
- Evite parceiros(as) que exalam mau cheiro do corpo ou genitais
*É um dos sinais de descuido com a saúde e higiene
- Desconfie de qualquer secreção ou corrimento incomuns dos genitais
- Aborte o ato já iniciado, se perceber erupções, manchas, feridas ou cortes
nos genitais no corpo do(a) parceiro(a),
- O preservativo deve ser usado sempre, mesmo que sua eficiência seja reduzida
em certos casos de algumas DST's
DEPOIS
- Consumada a relação sexual, levante-se e tome banho com água e sabão, lavando
bem os genitais
- Não esqueça de urinar para "lavar" a uretra. Mesmo que isto atrapalhe o
"clima" ou seja pouco romântico
- SE DESCONFIAR QUE ESTÁ INFECTADO
- Procure seu médico
- Avise o(a) parceiro(a) que também procure um médico
- Abstenha-se do sexo até que seu médico lhe diga o contrário
- SE ESTIVER INFECTADO
- Evite qualquer contato sexual, ou íntimo, até ser liberado por seu médico
- Siga todos os conselhos e prescrições do seu médico
- Comunique ao seu médico qualquer alteração inesperada ou "novidades"
no seu quadro clínico
- Não tome decisões de suspender, alterar, trocar ou acrescentar medicamentos
- Não antecipe seu retorno às atividades sexuais baseado em melhoras clínicas aparentes
- Jamais recorra aos balcões das farmácias, evite a auto-medicação e ceda
à tentação de usar o remédio infalível aconselhado pelo amigo ou parente
*Tanto o farmacêutico quanto o atendente da farmácia, o amigo ou o parente,
têm boas intenções mas não o conhecimento necessário nem a responsabilidade
exigida para o manejo de tais casos
PRINCIPAIS DST's
- GONORRÉIA, BLENORRAGIA OU ESQUENTAMENTE (muito freqüente)
BACTÉRIA
"Neisseria gonorrhoeae".
CONTÁGIO
Sexo vaginal, anal ou oral, com pessoa contaminada.
INSTALAÇÃO
De 2 a 30 dias, após o contato sexual suspeito.
SINTOMAS
Acometendo principalmente a uretra, diferem no homem e na mulher.
- NO HOMEM: a infecção é bastante aparente, manifestando-se principalmente
por secreção purulenta que se exterioriza pela uretra, dor e/ou ardência
ao urinar e micção frequente.
*Cerca de 20% dos homens infectados não apresentam sintomas
ATENÇÃO: Se a infecção não for tratada, pode alastrar-se para
a próstata, vesículas seminais e epidídimos e desenvolver complicações,
como estreitamento da uretra e esterilidade!
- NA MULHER: em cerca de metade dos casos não existem sintomas ou estes são
muito brandos e não chegam a ser percebidos.
Os mais comuns são: corrimento vaginal, irritação da vulva e vagina, dor
e/ou ardência ao urinar.
A doença não tratada, também poderá acometer áreas extra-genitais,
determinando inflamações no reto, faringe, articulações, coração, fígado e meninges.
ATENÇÃO: Mulheres não tratadas podem desenvolver
sérias complicações como disseminação da infecção para o útero, trompas e
ovários, causando doença inflamatória pélvica que pode determinar infertilidade.
Os sintomas iniciais da doença inflamatória pélvica são: dor no baixo
ventre, febre, náuseas e vômitos e dor ao coito.
Uma mulher contaminada ao parir, poderá transmitir a infecção ao bebê
e este desenvolver oftalmite capaz de causar cegueira!
DIAGNÓSTICO
- Exame clínico
- Identificação da bactéria em testes de laboratório
TRATAMENTO
Antibióticos específicos.
PREVENÇÃO
- Uso do preservativo (camisinha).
- Tomar banho ou pelo menos lavar os genitais com água e sabão*
- Urinar imediatamente após o ato sexual*
*Medidas adicionais de proteção
- SÍFILIS
BACTÉRIA
"Treponema pallidum".
CONTÁGIO
Adquirida através de sexo vaginal, anal ou oral com pessoa contaminada, além de
transfusão de sangue contaminado ou da mãe grávida, contaminada, para o feto.
INSTALAÇÃO
De 2 a 4 semanas após a inoculação.
SINTOMAS
- PRIMEIRO ESTÁGIO ("Sífilis Primária"): a lesão inicial, também chamada de
"câncro duro", aparece mais comumente nos genitais, ânus e boca.
O câncro duro é geralmente indolor e inicia-se como uma pápula avermelhada
que transforma-se em úlcera de bordos arredondados e fundo limpo, firme
à palpação. Daí, o nome de câncro duro.
Quando não passa despercebido, o câncro duro desaparece em cerca de 4
semanas e aí reside seu grande perigo, pois a infecção sifilítica continua
presente.
- SEGUNDO ESTÁGIO ("Sífilis Secundária"): inicia-se de 1 semana a seis meses
após o desaparecimento da lesão inicial, o câncro duro. Erupção cutânea de
aspecto avermelhado ou arroxeado desenvolve-se, principalmente nas palmas das
mãos e plantas dos pés, febre, faringite, perda de peso e do apetite, queda
de cabelo e lesões úmidas nas áreas genitais que são muito contagiosas, são
as características desta fase que dura de 3 a 6 meses.
- TERCEIRO ESTÁGIO ("Sífilis Latente"): Acomete cerca de 50% dos infectados,
que nele permanecem até o fim de suas vidas. Não existem sintomas aparentes, mas a
bactéria continua a se infiltrar nos tecidos. Os outros 50% dos infectados
passam para o último estágio da doença, a "sífilis tardia".
- ÚLTIMO ESTÁGIO ("Sífilis Tardia"): Aparecem sérias doenças cardiovasculares, cerebrais e da
medula espinhal (neurossífilis), olhos e outros orgãos.
ATENÇÃO: Conduz o infectado a paralisias, insanidade, cegueira ou morte!
DIAGNÓSTICO
- Exame clínico
- Identificação da bactéria em testes de laboratório
- Exames de sangue (testes sorológicos)
TRATAMENTO
Antibióticos específicos.
*Nos três primeiros estágios, a sífilis é completamente curável
PREVENÇÃO
- Uso do preservativo (camisinha)
- Tomar banho ou, pelo menos, lavar os genitais com água e sabão*
- Urinar imediatamente após o ato sexual*
*Medidas adicionais de proteção
- CÂNCRO MOLE OU CANCRÓIDE
BACTÉRIA
"Haemophilus Ducreyi".
CONTÁGIO
Sexo vaginal, anal ou oral, com pessoa contaminada.
INSTALAÇÃO
De 1 a 5 dias após o contato sexual.
SINTOMAS
São lesões nos genitais, tipo feridas (úlceras). As úlceras são
únicas ou múltiplas, dolorosas, superficiais, têm um fundo de aspecto "sujo" e suas bordas são
irregulares.
As lesões são moles e dolorosas acompanhadas de inflamação dos gânglios
da virilha (ínguas), que se abrem (supuram) dando saída
a secreção purulenta.
Pode haver febre, dor de cabeça e prostração. Uma úlcera pode dar
origem a outra através da auto-inoculação. Mulheres podem ser portadoras
assintomáticas da bactéria na vagina.
DIAGNÓSTICO
- Exame clínico
- Identificação da bactéria em testes de laboratório
- Exames de sangue
- Provas de reação cutânea
TRATAMENTO
Antibióticos específicos.
PREVENÇÃO
- Uso do preservativo (camisinha).
Tomar banho ou, pelo menos, lavar os genitais com água e sabão*
- Urinar imediatamente após o ato sexual*
**Medidas adicionais de proteção
- LINFOGRANULOSA VENÉREO OU MOLÉSTIA DE NICOLAS-FAVRE
BACTÉRIA
"Chlamydia trachomatis" sorotipos L1, L2 e L3.
CONTÁGIO
Habitualmente, por sexo vaginal
INSTALAÇÃO
De 30 a 60 dias após o contato sexual com pessoa contaminada.
SINTOMAS
Inicialmente, surge lesão genital transitória, única e indolor, tipo
erosão superficial, pápula ou vesícula que cicatriza espontânea e rapidamente
em 03 a 04 dias.
Após 2 a 4 semanas, surge o bubão, uma inchação dolorosa
dos gânglios (ínguas) de uma das virilhas, que evolui para o rompimento
e formação de várias fístulas que drenam secreção purulenta.
Neste período, ocorrem erupções cutâneas, náuseas e vômitos, dores articulares,
dor de cabeça e febre.
ATENÇÃO: Os casos não tratados, podem evoluir para complicações como elefantíase
do pênis e escroto ou estreitamento do reto!
DIAGNÓSTICO
- Exame clínico
- Identificação da bactéria em testes de laboratório
- Exames de sangue e provas de reação cutânea
TRATAMENTO
Antibióticos específicos.
*Pode ser necessária a aspiração do bubão ou excisão das fístulas
PREVENÇÃO
- Uso do preservativo (camisinha)
- Tomar banho ou, pelo menos, lavar os genitais com água e sabão*
- Urinar imediatamente após o ato sexual*
**Medidas adicionais de proteção
- GRANULOMA INGUINAL OU DONOVANOSE
BACTÉRIA
"Calymatobacterium Granulomatis".
CONTÁGIO
Habitualmente, por sexo vaginal.
INSTALAÇÃO
De alguns dias a 3 meses após o contato sexual com pessoa contaminada.
SINTOMAS
Trata-se de uma infecção crônica da pele e tecidos
subcutâneos dos genitais, períneo, regiões inguinais ou peri-anais.
A lesão inicial manifesta-se na pele dos genitais ou adjacências e assemelha-se a pápulas
ou vesículas endurecidas, indolores, que se rompem e formam úlcera única,
algo dolorosa, que gradualmente aumenta de tamanho, comprometendo maior área
da superfície acometida.
OBS: Não há comprometimento dos gânglios
inguinais (ínguas), nem manifestações sistêmicas.
ATENÇÃO: Os casos não tratados, podem evoluir para complicações como
ulceração profunda por infecções secundárias, estreitamentos da uretra,
vagina ou ânus!
DIAGNÓSTICO
- Exame clínico
- Identificação da bactéria em testes de laboratório ou
- Biópsia
TRATAMENTO
Antibióticos específicos.
*Pode ser necessário o desbridamento cirúrgico da região afetada
PREVENÇÃO
- Uso do preservativo (camisinha) - exceto se houverem lesões perigenitais
- Tomar banho ou, pelo menos, lavar os genitais com água e sabão*
- Urinar imediatamente após o ato sexual*
**Medidas adicionais de proteção
Cálide Gomes - São Luís/MA
*Professor de Urologia da Ufma, Urologista do
Urocentro e Teleconsultor da Home Page Auto-ajuda, em Urologia
http://www.geocities.com/HotSprings/6078 (Medicina Virtual - Urologia e Andrologia)
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