Perdão
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Ninguém escapa de ser ferido pelos outros em algum ponto da vida. Alguns ferimentos são menores e fáceis de serem aceitos e trabalhados. Outros são tão profundos que deixam cicatrizes permanentes.

Embora o Perdão seja normalmente encarado como uma atitude "santificada", realisticamente é um ato egoísta. Pois, é algo que fazemos por nós mesmos, para nos libertar e continuar com nossas vidas. A razão mais óbvia para perdoar é nos aliviar dos efeitos debilitantes da raiva e do ressentimento crônicos.
 

O QUE NÃO É O PERDÃO

  • Aprovar comportamentos negativos e impróprios. Tanto meus quanto de outra pessoa. Posso tomar uma ação firme e decidida para que aquele comportamento não volte a se repetir

  • Fingir que está tudo bem, quando sinto não estar. A diferença entre reprimir a mágoa e a raiva pode causar muita confusão e dor, alimentando uma corrente constante de frustração e ressentimento

  • Manter uma atitude de superioridade e achar que sou melhor que os outros. Isso é confundir Perdão com arrogância. É me colocar na posição de juiz, julgando que perdôo porque acho meu ofensor um tolo ou um estúpido

  • Mudar meu comportamento. Se perdôo uma pessoa de quem estou afastado, não preciso sair correndo e ligar para ela, a não ser que eu queira

  • Comunicar verbalmente que uma pessoa está perdoada. Não preciso dizer "Eu te perdôo", embora às vezes isso seja importante no processo
 
COMO PERDOAR

I) Descobrir o que foi perdido para compreender melhor a dor e superá-la, através do seguinte método:

  1. Perguntar a mim mesmo "O que estou sentindo agora?"

  2. Explorar os sentimentos (de dor, desamparo ou medo) que estão sob a superfície

  3. Deixar que esses velhos sentimentos me levem de volta ao tempo. Qual a situação que eles me lembram?

  4. Explorar a antiga situação. Quem são os protagonistas? (pessoas envolvidas)

  5. Que coisa importante foi tirada de mim? (amor, aceitação, auto-estima, etc)
II) Lidar com o Ódio e a Raiva, fazendo a si mesmo três perguntas básicas:
  1. Por que odeio?
  2. O que quero mudar?
  3. O que preciso fazer para que ocorra uma mudança e eu me desfaça do ódio?
III) A Cicatrização é o terceiro estágio do Perdão e começa quando eu lido com a dor e a raiva de forma construtiva.
Estou podendo olhar os pontos machucados em minha vida sem tentar encobri-los com indiferença, auto-piedade ou raiva mal direcionada. Quando podemos aceitar a dor e a perda do passado sem deixar que estes interfiram com o presente ou que destruam a promessa do futuro, então nós temos caminhado um longo caminho.

IV) Juntar as peças é o último estágio do Perdão. Significa chegar a uma recuperação completa e prosseguir com minha vida.
Para recuperar-me inteiramente preciso resgatar seja lá o que for que me tenha sido retirado, sabendo que nada me será devolvido a não ser aquilo que eu mesmo posso me dar. E eu posso me dar muitas coisas.
 

SUGESTÕES

  1. Faça uma lista das habilidades ou opções que você sente que foram tiradas de você.
  2. Decida como fará para encher os vazios
  3. Procure oportunidades para exercitar suas habilidades e ter sua força de volta.
E lembre-se: Não é sua culpa ter sido ferido, mas é sua responsabilidade fazer-se ficar bem. Isso não é fácil de forma alguma. O verdadeiro Perdão é um processo duríssimo, mas absolutamente necessário para a saúde mental.

O Perdão promove a Humildade, que convida à Gratidão. A Gratidão abençoa-nos, tornando a manifestar uma Felicidade maior. E quanto mais gratos nos sentimos por todos os aspectos de nossas vidas, tanto maiores serão nossas recompensas.
 

Adilson Silva - Angra dos Reis/RJ
*Professor e Conselheiro em Dependência Química
  ABEU - Associação Brasileira de Ensino Universitário
  CCV - Angra dos Reis/RJ
 

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