Drogas
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Muitas vezes os jovens desistem de suas lutas no meio do caminho por não encontrarem o apoio que esperavam receber do grupo.

Quando isso acontece, de duas uma: ou entregam-se a outro tipo de vida, de relacionamento, fora da família, que poderá, talvez, direcioná-los a uma conversão, ou entregam-se a costumes novos que julga poderem preencher o seu vazio psicológico; geralmente, esses costumes virão de pessoas que têm o mesmo problema e que foram encaminhadas para o uso de bebidas alcoólicas, ou outros tipos de drogas que, supostamente, poderiam preencher esse vazio.

Daí para a dependência é um passo. O viciado persiste sempre por desejar esquecer a falta de afeto e de uma autoridade disciplinadora. Esta é fundamental, para que a pessoas sinta-se amada; a falta de disciplinamento cria, no ser humano, uma espécie de exclusão.

Para tentar curar essas pessoas, não adiantará interná-las em clínicas de tratamento, desintoxicá-las, porque continuará a faltar o essencial que somente poderá ser preenchido por um redirecionamento de todo o grupo familiar.

O caminho correto seria conscientizar o grupo familiar, das verdadeiras causas, para que, através de uma terapia que abrangesse todo o grupo, fosse redimensionado o comportamento de cada um e o relacionamento dos participantes entre si.

Redimensionado o relacionamento, passará a haver o respeito pelas opiniões individuais e todos poderão chegar a um consenso do que seria o comportamento ideal para todo o grupo. Para ser perseguido o caminho que os levará a um desenvolvimento sadio, precisará ser restabelecida a autoridade, o respeito e o amor entre as pessoas.

Quando chegar-se a esse ponto, de uma estruturação sólida da família, perceber-se-á que os sintomas terão desaparecido, porque foi eliminada a causa. Creio que valerá à pena essa tentativa porque ao fim gratificará a todos os participantes. O homem é um ser social e todos os problemas deverão ser resolvidos nessa dimensão: "Um por todos e todos por um".

É a união que fortalece os laços necessários à qualificação para vencer todos os obstáculos. Se dispendermos energias para auxiliar a um dos participantes do grupo, estaremos fortificando as vontades de todos e criando condições de auxiliar outros membros que estarão próximos e poderemos estender a nossa ação a outros grupos, beneficiando toda a sociedade.

Infelizmente, em todos os setores, geralmente, procuramos resolver os problemas, através do combate aos sintomas. No caso da droga, cremos estar acontecendo o mesmo; ainda não nos fizemos a pergunta: "Porque as pessoas são levadas a experimentar as drogas, e o que as faz dependentes?" Não adiantará nada desejarmos responder sem nos aprofundarmos, se é que não desejamos responder levianamente.

Analisando a maioria dos problemas que afligem a humanidade, neste século, percebemos que são dois os fatores condicionantes: Falta de amor e falta de autoridade. E isso é provocado por uma estrutura familiar defeituosa.

O homem quer ser mais perfeito que o seu Criador! Quando Deus estabeleceu normas para a constituição e preservação da família, Ele colocou esses ingredientes indispensáveis a um crescimento sadio. O homem, porém, depois de um certo tempo resolveu modificar essas normas, movido pelo seu egoísmo, que em última análise é falta de amor.

Com essa transformação das estruturas iniciais encaminhou-se para a desagregação da família, deteriorando-se a autoridade e veio a faltar amor; sem amor desarticulou-se a família e deteriorou-se ainda mais a autoridade, em um círculo vicioso.

Quando a autoridade deixa de existir, cada membro de grupo passa a agir por conta proporia, não obedecendo mais a um poder central que, geralmente, é moderador. Esse caos não satisfaz aos diversos membros do grupo que passam a sentir-se frustrados pela convivência. Aí surgir a necessidade de uma válvula de escape para essas frustrações.

Elas vêm através do uso do álcool, das drogas, do adultério; é quando os pais ausentam-se do lar em busca de aventuras ou outras distrações como o jogo. E é, também, quando os jovens passam a ausentar-se do lar (que já não é um lar, e sim simplesmente um local para dormir, comer, e encontros desagradáveis com os outros membros da família).

Alguns têm sorte de encontrarem outros jovens advindos de famílias bem estruturadas e passam por uma reciclagem de seus valores e acabam percebendo que a sua frustração é causada por falta de um relacionamento perfeito com a família.

Mas, nem sempre é fácil abordar esse problema com os pais e irmãos, que, geralmente não aceitam essa argumentação; é uma luta em que precisa-se de muita perseverança e muito amor, para que se dê continuidade pelo tempo necessário, até que as pessoas se compenetrem da urgência de revisarem as suas vidas e concordem em reassumir um tipo de vida mais condizente com o interesse da família.

Um fator fundamental será a volta para Deus. Fazendo parte de uma entrega e transformação totais e verdadeiras. Essa transformação virá, primeiramente, dos pais; estes deverão estar preparados porque terão de provar, com atos, que a conversão foi real. E se de fato for, estarão aptos a derramarem amor em torno de si, transformando o ambiente e as pessoas abrangidas.

Publicado no jornal A Mococa, de 02/Set/1989
 

José Wladimir Klein - São Paulo/SP
*Escritor e Teleconsultor da Home Page Auto-ajuda, em Matrimônio
 

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