(envie o seu texto) Embora os métodos, objetivos e propostas sejam "perfeitos" e coerentes, observa-se que a realidade não corresponde à teoria. Temos um grande contingente de analfabetos que sabem "juntar as letras" e escrever o nome, mas isto não faz destes indivíduos, pessoas alfabetizadas e preparadas para interagir no meio. No que se refere ao ensino médio e superior, deparamos com professores mal preparados, recursos insuficientes (por que são mal administrados pelo Estado ou órgãos competentes), seja por carência de pessoal preparado para dar continuidade aos objetivos propostos, ou por carência de recursos materiais. Esse cenário é fruto, principalmente de uma estrutura cultural que se fundamenta numa educação alienante. Não temos um programa efetivo que aborde temas como cidadania, política, ecologia... logo, o educando será um mero receptáculo de informações e não um agente social, formador de opinião atuante e criador da própria história. Poderíamos discorrer sobre as causas desta situação mas, creio que o grande entrave para uma educação que forme cidadãos e homens responsáveis e conscientes, seria que uma massa incauta é um "bom negócio" para os aparelhos ideológicos do Estado.
A desinformação, aliada à falta de "interesse" por parte dos alunos e professores, nos faz enxergar um
cenário extremamente pessimista com relação ao futuro da educação no Brasil, já que
esse "analfabetismo social" alastra-se por toda a rede de ensino, desde o ensino básico até os cursos
de pós-graduação nas universidades mais
conceituadas.
Maria Carmen Ferrari - São Paulo/SP
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